Em quem devemos acreditar? Você sabe! Hoje, o RJTV, da rede Globo, voltou a denunciar as condições precárias do Pronto Socorro Central (PSC) de São Gonçalo. Logo, o site da prefeitura municipal postou notícia nova com o título: PSC realiza mais de 20 mil atendimentos por mês

GLOBO:
Imagens feitas por funcionários do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) no Pronto Socorro Doutor Armando Gomes de Sá Couto, durante uma fiscalização na semana passada, mostram as condições precárias do hospital. Entre as suspresas encontradas pelo Cremerj, está a presença de um cachorro dormindo em uma das salas do hospital. O caso foi mostrado no Bom Dia Rio nesta quarta-feira (26). A falta de médicos, remédios, equipamentos e as péssimas condições de higiene também foram constatadas. As imagens mostram também q quantidade de lixo que podia ser visto em todos os cantos da unidade.


"A situação encontrada no hospital é extremamente grave. Nós encontramos um paciente internado há quatro meses com diabetes, já amputado, aguardando exames complementares para que possa fazer uma cirurgia. Na sala de trauma, vimos um paciente que teve um infarto agudo do miocardio, foi atendido, foi estabilizado, e está há 15 dias em uma sala de trauma, que é uma sala de entrada de pacientes graves, aguardando uma tranferência pra fazer a colocação do stent", disse o vice-presidente do Cremerj, Nelson Nahon.
Ainda de acordo com Nelson, as condições precárias de higiene facilitam as infecções hospitalares. A falta de neurocirurgiões também preocupa o vice-presidente, já que na unidade só há especialistas nas terças-feiras, quintas-feiras e domingo, e é preciso, pelo menos, um especialista de plantão todos os dias.
"O médico de CTI com 10 leitos de plantão é obrigado a sair para atender em uma outra enfermaria de pacientes, também graves estabilizados, com sete pacientes, porque não tem médico nessa unidade. Essa unidade com sete pacientes graves, mas já estabilizados, não tem o carro d eparada cardíaca, está enguiçado e não funciona. Então, se houver uma intercorrência, o médico é chamado do CTI, deixando o CTI descoberto, vai pra lá, mas não tem condições de atender", disse Nelson.
O vice-presidente disse também que foram encontrados acadêmicos atendendo de forma irregular. "O acadêmico, para atender, tem que estar conveniado com uma universidade, com declaração de preceptoria. A situação do hospital é totalmente irregular", afirmou.
O Cremerj abriu uma sindicância interna para apurar de quem é a responsabilidade dessa situação. Estamos também em contato com a defendoria pública e vai ser entregue nesta quarta-feira (26) o relatório da fiscalização. "É o único hospital de São Gonçalo que está de portas abertas, que atende clínica-geral, cirurgia e urgência", disse o vice-presidente.
Em nota, a Prefeitura de São Gonçalo diz que ainda não foi notificada sobre o relatório do Cremerj e negou que haja falta de bombas infusoras na UTI e também falta de material para curativos (suturas) ou fraldas.
PREFEITURA:
Considerado como o único hospital de grande porte da rede de urgência e emergência atuante no sistema "portas abertas 24 horas" do município de São Gonçalo, o Pronto Socorro Central Dr. Armando de Sá Couto contabiliza mais de 20 mil atendimentos ao mês. 
Em 81 anos de funcionamento, a unidade hospitalar, a primeira da cidade, que funciona dentro do Complexo Hospitalar Luiz Palmier, no bairro Zé Garoto, atende diariamente cerca de 700 pessoas em busca de consultas de emergência. Com 71 leitos hospitalares, o pronto socorro tem uma escala fixa com 204 médicos para atendimento em diversas especialidades, como clínica geral, clínica médica, cardiologia, ortopedia, odontologia, cirurgia vascular, cirurgia torácica, cirurgia urológica, cirurgia plástica corretiva, entre outros. Entre os exames realizados, fazem parte a endoscopia, colonoscopia, biópsia, raio x, além de sangue e urina.
"Estamos sempre trabalhando pela melhoria dos serviços e bem-estar dos pacientes para proporcionar um atendimento de qualidade. A prioridade é que o paciente seja atendido, por isso, não recusamos pacientes. A demanda de São Gonçalo é muito grande, pois temos mais de um milhão de habitantes e atendemos até pacientes de municípios vizinhos", ressaltou o secretário municipal de Saúde, Dimas Gadelha.
Diversas são as ações realizadas para uma constante melhoria dos serviços hospitalares aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Em março deste ano, a unidade adquiriu um novo aparelho de tomografia computadorizada com tecnologia 3D, que realiza tomografias de crânio, abdômen, tórax, coluna e membros superiores e inferiores. Por mês, são em média 1.600 exames realizados, entre pedidos médicos da Atenção Básica e Especializada, e dos pacientes internados em unidades hospitalares municipais, onde a marcação dos exames são realizadas através da Central Municipal de Regulação. 
Os primeiros atendimentos em serviços de hemodinâmica (cardiologia) e neurologia, são realizados na unidade e, em seguida, os pacientes são regulados através do Núcleo Interno de Regulação (NIR) para leitos em hospitais estaduais de referência através do Sistema Nacional de Regulação (SISREG), que realiza o controle e regulação dos recursos hospitalares e ambulatoriais especializados no nível municipal, estadual ou regional. 

Em maio deste ano, foi inaugurada a nova Central de Materiais Esterilizados da rede hospitalar municipal, no Complexo Hospitalar Luiz Palmier. Somente no Pronto Socorro Central de São Gonçalo, são realizadas 70 cirurgias semanais, o que gera uma grande quantidade diária de equipamentos para esterilização, além da demanda diária. A central, que funciona 24 horas por dia, é referência no trabalho de higienização de materiais hospitalares de toda rede municipal e devido à grande capacidade de trabalho de esterilização atende a demanda do complexo, composto pelo Pronto Socorro Central (PSC), Pronto Socorro Infantil (PSI) e maternidade, além do Pronto Socorro de Alcântara (PSA) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). 

Um dos sistemas adotados para trazer maior resolutividade aos atendimentos foi o setor de Acolhimento por Classificação de Risco. Implantado em julho de 2014, o atendimento aos usuários é feito pela prioridade clínica de acordo com o grau de urgência em que são determinadas as gravidades dos problemas de saúde apresentados pelos pacientes aos níveis estabelecidos pelo protocolo como emergência, urgência, pouco urgente e não urgente, onde os pacientes são identificados pelas cores correspondentes a um dos níveis estabelecidos pelo protocolo estabelecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) com o azul, para pacientes com problemas menos graves, como tosse e dores de garganta; verde para sintomas pouco urgentes como dor e febre; amarela para pacientes com traumatismos e fraturas; e vermelha para pacientes com quadro clínico muito grave, como acidentes automobilísticos, atingidos por projeteis de arma de fogo, fratura exposta e intoxicação medicamentosa. 
FONTES E TEXTOS: G1 E AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA PREFEITURA DE SÃO GONÇALO