Uma lei publicada nesta quarta-feira (26), batizada com o nome da atriz americana Angelina Jolie, autoriza o estado do Rio a assinar um convênio para oferecer a realização de exames de sequenciamento genético em mulheres com histórico de câncer de mama ou de ovário na família. O teste observa se a paciente tem uma mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, que são considerados "protetores" deste tipo da doença. Esta mutação pode facilitar o aparecimento da doença.
O exame, que custa cerca de R$  6,7 mil, passaria a ser feito gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS) e poderia diminuir a chance de aparecimento do câncer nas pacientes em todo o estado. Não há prazo, no entanto, para o pacto ser firmado e os exames serem liberados.
De acordo com a lei proposta pela deputada estadual Marcia Jeovani (PR), o exame terá que ser requisitado por um oncologista, geneticista ou mastologista e ressalta que a lei não é um incentivo à mastectomia. Será necessário também apresentar laudo com histórico familiar de câncer de mama. A doença tem que ter sido diagnosticada antes dos 50 anos de idade em dois parentes de primeiro grau ou três parentes de segundo grau, enquanto o paciente que vai passar pelo exame deverá ter até 40 anos.
"Antes, ninguém ouvia falar deste exame. Quando surgiu uma atriz rica, bonita e famosa todo mundo questionou. Falaram: 'É excêntrica, é isso, é aquilo', mas vendo mais a fundo viemos a saber que ela fez exame porque já tinha perdido a mãe e tinha grande possibilidade de ter a doença. Achamos por bem que a le itivesse o nome da Angelina", disse a parlamentar.
O exame tornou-se conhecido depois que a atriz americana Angelina Jolie retirou, em 2013, as mamas por meio da mastectomia preventiva por ter probabilidade genética de 87% de desenvolver câncer. Este ano, ela retirou as trompas e os ovários.

médico da atriz havia relatado que o nível de mutação de uma proteína chamada CA-125 no sangue de Angelina, monitorada para detectar o risco de câncer de ovário, era normal. Porém, "havia uma série de marcadores inflamatórios que eram altos" e que poderiam apontar um câncer incipiente. "O câncer de ovário da minha mãe foi diagnosticado quando ela tinha 49 anos. Eu tenho 39", completou a atriz. 
ALGUMAS INFORMAÇÕES DE 'G1' E JORNAL 'O DIA'