Foto: O Globo

Uma quadrilha que clonava autonomias de táxis em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, foi desbaratada, na quinta-feira, numa operação conjunta do Ministério Público com a Polícia Civil (leia AQUI). Dos 24 mandados de prisão, 19 foram cumpridos. 

Dois dos presos eram funcionários da Subsecretaria de Transportes da prefeitura do município e são apontados como os chefes de um esquema que mantinha nas ruas 600 táxis piratas e movimentava R$ 27 milhões por ano. 

Parte do dinheiro era utilizada para campanhas políticas. De acordo com o MP, o atual prefeito, Rodrigo Neves (PT), foi um dos beneficiados, além de ser citado em interceptações telefônicas. O vereador Gallo (PDT) também ofereceria sustentação para a “máfia do táxi”. Ele repudiou a acusação.

O Jornal Extra também fez uma entrevista com o promotor do Ministério Público Sérgio Luis Lopes Pereira, onde o mesmo comentou sobre o caso. (Leia AQUI)


Suposto recibo de pagamento à campanha | foto: EXTRA 
Respostas:
“Em relação à operação Bandeira Preta, deflagrada pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (26/11) em Niterói, a Subsecretaria Municipal de Transportes esclarece:

1. Todos os 1.906 táxis permissionários da cidade serão recadastrados entre dezembro deste ano e janeiro de 2016. O formato da fiscalização será anunciado nos próximos dias. Nenhuma nova permissão de táxi foi concedida desde janeiro de 2013, quando assumiu a atual gestão.

2. A Subsecretaria reitera sua colaboração com as investigações e informa que os dois servidores presos na operação nunca exerceram cargo de confiança na atual gestão.

3. Alexandre Soares Schroeder foi exonerado do cargo de diretor-geral da Secretaria Executiva da Prefeitura de Niterói em 31 de dezembro de 2012. Roberto Carlos Brito da Costa, em 1º de março de 2010.

4. Os dois são funcionários estatutários da Prefeitura (Alexandre desde 2003 e Roberto desde 1981). Ambos foram suspensos de suas funções. Foi aberto nesta quinta-feira processo administrativo disciplinar para investigar a conduta dos dois, que terão amplo direito de defesa, como prevê a legislação. Se condenados, eles poderão ser expulsos do serviço público municipal.

5. A atual gestão de Niterói considera a ação da Polícia Civil e do Ministério Público positiva e importante para pleno esclarecimento dos fatos ocorridos desde o assassinato do subsecretário de Transportes Adhemar José Melo dos Reis, em 20 de janeiro de 2010, na administração anterior. Reitera, também, a confiança de que a ação em curso será útil para melhorar a qualidade dos serviços prestados pelos taxistas permissionários à população de Niterói.”

O órgão também “reitera sua colaboração e apoio à investigação e informa que a Procuradoria Geral do Município solicitará formalmente esclarecimentos sobre as denúncias”.

Fonte/texto: http://extra.globo.com/casos-de-policia/a-mafia-do-taxi-teria-beneficado-rodrigo-neves-prefeito-de-niteroi-18156149.html#ixzz3skI1qiUc