Desde domingo policiais militares têm feito a segurança das duas Unidades de Pronto  Atendimento (UPA) de São Gonçalo. A medida foi tomada depois que os vigilantes terceirizados cruzaram os braços há mais de dez dias por falta de pagamento. As UPAs de Colubandê e de Santa Luzia já chegaram a restringir o atendimento a apenas casos considerados muito graves, por conta da crise na saúde pública do Rio de Janeiro.  

De acordo com o comando do 7º BPM (São Gonçalo), viaturas estão baseadas na porta das duas unidades e até o fechamento desta edição, não havia sido notificado nenhuma ocorrência nas unidades médicas. Além disso, de acordo com o próprio comandante do batalhão, Almyr Cabral, os administradores o informaram que o atendimento transcorria na normalidade em ambas as UPAs.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o pedido de apoio foi feito realmente pela greve dos seguranças. A Secretaria informou que até o momento não há previsão para pagar os vigilantes e por isso o apoio da PM segue por tempo indeterminado.

A situação dos funcionários das unidades é bem parecida com as dos seguranças. De acordo com uma funcionária – que não quis se identificar - o salário foi pago apenas no dia 25 de dezembro, enquanto a segunda parcela do décimo terceiro continua atrasada.

As duas UPAs de São Gonçalo seguem funcionando normalmente, segundo o Governo do Estado, porém a de Itaboraí está com o atendimento pediátrico restrito apenas aos casos mais graves. Os casos menos graves da pediatria estão sendo orientados a buscar atendimento no Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, localizado na Avenida Prefeito Álvaro de Carvalho Júnior, Nancilândia.

Em nota, a Secretaria informou que os hospitais estaduais Azevedo Lima (Niterói) e o Alberto Torres (São Gonçalo) estão funcionando normalmente. No entanto, o Gabinete de Crise da pasta ressalta que se tratam de unidades de urgência e emergência, pacientes de baixa complexidade (considerados verdes e azuis) – seguindo o perfil da unidade - serão encaminhados para Upas e/ou unidades de atenção básica. Todos os pacientes serão atendidos considerando sua classificação de risco, dos mais graves para os menos graves.

Texto: A tribuna RJ | Foto: www.svnit.org