Diego São Paio também lista leis, projetos e vitórias que
já trouxe para a cidade.
Na série de entrevistas do blog A política RJ com os vereadores de São Gonçalo neste inicio de ano, o vereador Diego São Paio, presidente municipal do PRP, opositor e pré-candidato à prefeito, comentou sobre as realizações do seu mandato, fez uma avaliação do governo municipal, além de comentar outros assuntos políticos da cidade. Confira a bela entrevista cedida pelo vereador ao blog A política RJ:

 A política RJ: Como vereador em primeiro mandato, quais ações e projetos desenvolvidos você gostaria de destacar? 

Diego São Paio: Nós apresentamos diversos projetos, muitos deles relevantes para a cidade, como a lei do autismo. Um projeto de grande relevância e um segmento que está crescendo muito. Em índices estatísticos, nós temos mais de 10 mil autistas na nossa cidade, e o autismo envolve toda a família, no Brasil já são mais de 3 milhões. Através dessa lei, fomos pioneiros na criação da primeira clínica escola, um equipamento público para tratamentos dos autistas. A gente inaugurou em Itaboraí a primeira Clínica-Escola do Brasil, iria ser em São Gonçalo, mas infelizmente nosso prefeito parece não ter a vontade política necessária para um projeto de suma importância. Conseguimos todo aparato legal, equipe técnica qualificada e o espaço físico. Esse foi um projeto muito importante na minha leitura. Outro projeto que é uma resolução interna na câmara municipal, é o da TV Câmara, que dá acesso à informação para as pessoas saberem o que realmente os vereadores votam e discutem. A gente precisa saber se os vereadores votam e se comportam de acordo com aquilo que dizem nas ruas, e este foi um projeto entre os diversos criados, 17 foram aprovados e estão em vigor, mas estes eu gostaria de destacar.

 Qual foi a maior dificuldade assim que assumiu o seu mandato?

 A cultura da política. Na campanha para vereador eu já falava que iria fazer pouco, mas bem feito, porque o sistema não permite que a gente faça muito, dependemos da classe política que aí está. A maior dificuldade foi essa. Como vereador temos nossas limitações, e para aprovar os projetos precisamos ter maioria na câmara, e depois precisamos ter a vontade política do prefeito para execução.

 Quais vitórias já trouxe aqui para o seu bairro, o Colubandê?

 Aqui existem equipamentos públicos importantes, o Colubandê tem uma posição estratégica dentro do município por ser cortado pela RJ (104). Nós lutamos pelo corpo de bombeiros, o fórum, o hospital da mulher gonçalense, que está em obras, temos o CVT também, uma parte da Faetec, que tem qualificação profissional, mas tudo isso em parceria com o estado. Com o município as conquistas são difíceis. Solicitei uma unidade de saúde no Colubandê, mas até hoje está parado. Apresentamos um projeto de desapropriação de um terreno próximo à Avenida José Mendonça Campos, que ligaria o Colubandê ao Hospital Geral, para desafogar o trânsito.. Solicitamos desde 2013 obras de drenagem da Av. José Mendonça de Campos, principal via do bairro, mas todas as ações precisam da vontade política do prefeito, sendo assim, como toda a cidade, o bairro do Colubandê também foi abandonado pela prefeitura. 

 E a fazenda Colubandê?

 Quando assumi o mandato, a primeira indicação legislativa que fiz foi para municipalizar o patrimônio, que hoje está de posse do governo do estado. Municipalizando, a prefeitura poderia propor projetos sociais, educacionais, artesanais e gerar receita, mas, infelizmente o poder executivo não agiu. Não nos contentamos com isso e formamos um grupo de ação, com apoios, chamado 'Fazenda Colubandê, quem ama cuida', e realizamos projetos como cinema, mutirão de limpeza, apesar da posse estadual, para não deixar o patrimônio se degradar. O processo de restauração está na justiça e aguardamos agora uma decisão final para que a Fazenda seja restaurada.

 Como você avalia o governo municipal?

 Uma administração muito fraca. Incompetente. Falta qualificação do secretariado, gestão técnica. Falta vontade política para grandes projetos, e temos problemas nas execuções dos projetos, nas leis sancionadas. Não há transparência. Não há gestão.

Como você está trabalhando na câmara? Nas comissões?

 A gente está na comissão de educação, cultura, esportes e orçamento e finanças. Atuo basicamente em forma de oposição à gestão atual. Em todas elas estou fazendo um trabalho conjunto, participando de forma efetiva, fiscalizando e apresentando projetos de melhorias para a cidade. 

 Como presidente municipal do seu partido, como está caminhando para este ano eleitoral? 

 Já lançamos pré-candidatura própria ao poder executivo e estamos fomentando uma nova geração de políticos. A gente precisa de uma nova geração de políticos para São Gonçalo, novos projetos, pessoas humildes, que começaram a conhecer esse cenário vergonhoso, não só em São Gonçalo, mas como no Brasil, e a gente precisa que a sociedade de bem, que é maioria, participe na política, para juntos modificarmos esse cenário político atual.

 O que você espera para este ano?

 Estamos em um ano muito difícil economicamente para o Brasil, um ano com a taxa de desemprego batendo os 10%, então a população está sentindo no bolso o resultado de uma má gestão. E todos os problemas que estamos passando agora são por decisões políticas. Mas acredito que a gente precisa renovar nossas esperanças, e que a população participe das ações diretamente em nosso município, porque eu vejo muita gente falando do cenário nacional, mas a gente precisa conhecer o lugar que a gente vive, se os políticos estão trabalhando, e de forma direta ou indireta contribuir para uma cidade melhor. Então eu vejo com esperança que é possível transformar a realidade de nossa cidade. 

 - Na oportunidade, o vereador Diego São Paio ainda cedeu uma entrevista como pré-candidato à prefeito, onde fala de seus projetos e ações para São Gonçalo. A entrevista será postada em breve. Fique ligado e acompanhe nosso blog! 

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