Helil Cardozo, cassado? Será?
Foto: Itaboraí.rj.gov
Mais uma dor de cabeça para se somar às muitas do prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo (PMDB). A Câmara de Vereadores vai instaurar uma Comissão Processante na Casa visando investigar os atos de improbidade do chefe do Poder Executivo e que pode redundar em abertura de processo de cassação do peemedebista. A Comissão será aberta em fevereiro, após o recesso parlamentar. O presidente do Legislativo, vereador Deoclécio Machado (PT), garante que a oposição dispõe de maioria para tal. 

“De 15 vereadores na Casa, somos nove contra apenas seis ao lado do prefeito. Vamos apurar os contratos superfaturados que a Prefeitura tem com 16 empresas em diversas áreas, principalmente na Saúde e na Educação. Além do sumiço de 506 milhões de reais em ISS (Imposto Sobre Serviços) pagos pela Petrobras entre 2013 e 2014, através do Complexo Petroquímico do Estado do Rio (Comperj), que está com as obras paradas”, informou Deoclécio. 

No final do ano passado, na votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, os vereadores da oposição conseguiram limitar em apenas 1% o percentual de remanejamento de recursos orçamentários de uma área para outra pelo Poder Executivo. O prefeito vetou, mas, o veto foi derrubado na Câmara. 

Carta – Ontem, como anunciou com exclusividade para A TRIBUNA, o vice-prefeito Audir Santana (PSL) divulgou carta aberta à população explicando os motivos do rompimento com Helil. O conteúdo do documento contém diversas acusações contra o prefeito. Audir promete se juntar à oposição para derrubar o antigo aliado. “Ficar sabendo de diversas covardias contra a população, má utilização de dinheiro público e contratações questionáveis, já me indignava profundamente; mas reduzir o salário de quase todos os servidores (quase todos porque alguns servidores próximos e escolhidos continuam recebendo integralmente seus salários) me levou ao limite da tolerãncia. (...) Dar a desculpa esfarrapada da queda de arrecadação do Comperj para demitir esses chefes de família, sem antes sequer tentar rever o valor dos contratos, os custos da prefeitura e os privilégios dos amigos, é uma maldade! Uma mentira!”, disse um trecho da carta, que finalizou: “Fora Helil!”.

Procurado pela reportagem de A tribuna, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.

Fonte/texto: A tribuna RJ