Oceanógrafo David Zee, deputado estadual Nivaldo Mulim, secretário de meio ambiente Ricardo Harduim e a secretária de infraestrutura, Ana Cristina. |
“Cuidar do saneamento básico é cuidar da saúde da população. Quando não se investe em saneamento, gasta-se com medicamentos, exames, internações”, declarou o deputado durante a reunião. De acordo com o parlamentar, a meta principal do Plano Municipal de Saneamento de São Gonçalo é a dragagem e a limpeza dos rios, que estão em sua maioria assoreados, com lixo e são responsáveis por enchentes, alagamentos e transmissão de doenças.
“Não queremos pensar em saneamento da forma tradicional, só cuidando da coleta do esgoto domiciliar. Queremos atacar os rios. São Gonçalo tem 15 rios e boa parte com problemas. O Guaxindiba é o mais poluído. Então, nosso desafio é entregar esses rios limpos à população. O objetivo agora é captar recursos” afirmou Nivaldo.
O oceanógrafo David Zee definiu o Plano de Saneamento Básico de São Gonçalo como um dos mais completos com que já teve contato. O município, segundo o especialista, conseguiu cumprir a meta do governo federal ao apresentar o plano de saneamento em 2015, contemplando os quatro componentes estabelecidos no Plano Nacional de Saneamento Básico: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem da água da chuva.
“O Plano de São Gonçalo é completo e o deputado Nivaldo Mulim teve uma visão de vanguarda ao pedir prioridade para a limpeza dos rios. Ele entendeu que a comunidade está atenta à qualidade dos rios e mensura isso quando, por exemplo, pega a Barca (Rio x Niterói), atravessa a Baía e percebe que está suja porque há vários rios poluídos desaguando ali. Não adianta tratar o esgoto doméstico sem tratar as águas e os rios do entorno da cidade. A pedido do deputado, vamos buscar soluções para o tratamento de águas pluviais no município, problema que afeta as populações mais carentes e está diretamente ligado à manutenção e desassoreamento dos cursos d´agua”, afirmou David Zee.
O professor da Uerj está otimista de que os recursos financeiros para por o plano municipal em prática não demorem a chegar. Ele estima que se houver verba para começar o trabalho este ano, será possível notar os primeiros resultados já em 2017.
“Pelo idealismo e comprometimento do deputado, do prefeito Neilton Mulim e dos secretários, acredito que não terão dificuldades para captar os recursos”, observou.
O secretário de Meio Ambiente Ricardo Harduim reconhece que a execução financeira é parte mais difícil da proposta:
“Lamentavelmente, a verba é o maior empecilho para o Plano de Saneamento sair do papel. Receberíamos recursos do governo do estado por meio do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara, mas com a crise econômica não será possível, teremos que buscar outros parceiros. Participarei de uma oficina do subcomitê de Bacias em Cachoeiras de Macacu, onde serão discutidos recursos para o saneamento básico”.
O deputado Nivaldo Mulim, que destinou todas as emendas orçamentárias para a área de saneamento básico, adiantou que irá conversar com o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), para pedir a liberação para buscar recursos junto à iniciativa privada.
Na secretaria de Infraestrutura, os esforços também estão concentrados na execução do Plano de Saneamento. De acordo com a secretária Ana Cristina todo o trabalho será alinhado com as diretrizes estabelecidas no projeto.
O município avança ao discutir um Plano de Saneamento que contempla outras áreas essenciais para a população como, por exemplo, a Saúde. Todas as ações da Infraestrutura têm, por obrigação, que ser pautadas no Plano Municipal de Saneamento Básico e estamos emprenhados, juntamente com o prefeito em viabilizar esse projeto.
Fonte:Ascom
Autor: Jaciara Moreira
Foto: Girley Oliveira
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