Neilton Mulim | Foto: Claudionei Abreu/A política RJ |
“O relatório não aponta em que os R$ 37 milhões foram usados. O TCE também não conseguiu comprovar que a prefeitura aplicou o percentual mínimo constitucional do orçamento em saúde (15%) e em educação (25%). Isso justificaria o pedido de impeachment e eu e Alexandre Gomes consideramos entrar com a solicitação”, explicou Marlos, que é analista do Tribunal.
O TCE aprovou as contas de Mulim com ressalvas no final do ano passado. Embora o corpo instrutivo do órgão, formado por técnicos, e o Ministério Público Especial do Tribunal tenham recomendado a rejeição das contas, pelas irregularidades encontradas. “O conselho é politico. Daí a aprovação das contas”, observou Marlos, acrescentando que o prefeito teria cometido crime de responsabilidade fiscal. Ao contrário do TCE, o Tribunal de Contas da União rejeitou no ano passado as contas de Dilma, referentes a 2014. No último dia 13, a Câmara Municipal aprovou as contas de Mulim.
Para Alexandre, o chefe do Executivo fez ‘bicicletadas fiscais’. “Percebendo uma crise política e financeira que assola o país inteiro por uma irresponsabilidade da presidenta da república, Dilma Rousseff, que não respeitou a lei orçamentária do país, vejo o Congresso Nacional dando uma demonstração de força e provando que a Câmara de Deputados tem que ser respeitada. Fazendo um paralelo entre o problema da Dilma e o problema das contas de Neílton Mulim, não vejo, basicamente, nada diferente”, afirmou.
A prefeitura informou que as informações veiculadas não representam um parecer definitivo ou de cunho punitivo em relação ao governo Neilton Mulim. Até a presente data todas as prestações de conta de administração financeira foram aprovadas pelo Plenário do TCE. Se algum percentual constitucional de investimento em Saúde e Educação não tivesse sido alcançado, as contas teriam sido sumariamente rejeitadas. Quaisquer possíveis ressalvas que por ventura possam ter sido incluídas no parecer do voto, poderão ser corrigidas até o término do mandato.
Em outubro do ano passado, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Gonçalo protocolou pedido de impeachment contra Mulim devido a este não ter extinguido cargos comissionados, como recomendou o Ministério Público Estadual.
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Fonte/texto: A tribuna RJ
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