A entrevistada desta vez é a pré-candidata a vereadora de São Gonçalo Renata Idalgo, de 45 anos, moradora do bairro Estrela do Norte. Renata é filiada ao partido Rede Sustentabilidade. Em entrevista ao nosso blog, Renata contou sobre sua vida e seus projetos caso entre para o legislativo da cidade. Confira!

Conte um pouco para nós quem é você:

Sou carioca da Lagoa, mas vim morar em São Gonçalo com 6 anos por conta da família do meu pai que residia aqui. Em São Gonçalo meus pais conseguiram comprar casa própria.  Estudei aqui toda minha infância e adolescência. Sou jornalista formada pela UNIVERSO- Universidade Salgado de Oliveira e professora de Ensino Fundamental. Estudei Teologia durante 2 anos no Seminário Betânia, em Coronel Fabriciano, Minas Gerais.Poetisa e escritora lancei meu primeiro livro ‘Encontro do Acaso” em setembro de 2015. O livro é uma história de ficção que fala sobre fé e transformação de vidas. Sou divorciada e tenho um filho de 23 anos, Gleison Saulo Idalgo Rosa, fruto do meu primeiro casamento. Trabalhei como editora, repórter, chefe de reportagem em vários jornal de São Gonçalo e Niterói como Jornal Ponto e Vírgula, Jornal Nova Edição, Nosso Jornal de Notícias, Jornal O Fluminense, Jornal O POVO. E no Rio como assessora de comunicação e imprensa, trabalhei  no CREA-RJ, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia no Estado do RJ, Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos-IBEC, Associação dos Engenheiros da Petrobras-AEPET, Associação Fluminense de Engenheiros e Arquitetos-AFEA, SOBES-Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança do Trabalho, entre outros. Produzi vídeos e jornais para Cooperativa da Rio Ita, Condomínio Alcântara I e outros. Também sou mestre de cerimônias tendo feito vários cerimoniais no Clube de Engenharia no centro do RJ. Produzi livros para a Câmara dos Vereadores do RJ e outras instituições.

Aproveite e conte um pouco da sua trajetória. Como e por que entrou política?

Desde 1982, quando tinha 12 anos que me interesso por política. Naquele ano acompanhei as eleições para o governo do Estado do Rio, eleição vencida por Leonel Brizola. Nesse período estava morando na Vila Isabel, no Rio, quando em uma missa conheci a deputada Sandra Cavalcanti, que era candidata ao governo do Estado do Rio, tendo como adversários Leonel Brizola e o deputado  Miro Teixeira. A deputada Sandra, professora e jornalista que hoje está com 90 anos me inspirou. Conversamos durante a missa e meu pai disse a ela: ‘Se ela já tivesse idade pra votar, votaria na senhora”. Sandra Cavalcanti se destacou por sua dignidade, luta, e personalidade marcante. Numa época em que a política era amplamente dominada por homens, ela foi uma das primeiras mulheres a ocupar cargos importantes no Brasil.Um referencial pra mim como mulher e parlamentar. Depois deste encontro, já com 14 anos eu já estava nas ruas panfletando para o deputado federal Rubem Medina. Acompanhei todo o drama de Tancredo Neves e a comoção nacional que se deu por conta de sua morte e com 18 anos votei pela primeira vez pra presidente votando no primeiro turno em Leonel Brizola e no segundo no Lula.  A eleição foi vencida por Fernando Collor de Mello.Anos depois me formei em Jornalismo e fiz várias matérias politicas em Niterói, São Gonçalo e no Rio de Janeiro. Atuei como repórter e editora do Nosso Jornal nas duas gestões do prefeito Edson Ezequiel em São Gonçalo e acompanhei como jornalista as campanhas eleitorais da Graça Matos e em Niterói de Godofredo Pinto.Trabalhei diretamente na campanha do engenheiro José Chacon de Assis para deputado federal em 2002 pelo PT e do Lula pra presidente.

Quais são suas experiências políticas?

Uma das experiências mais marcantes pra mim foi em 2002 quando participei diretamente da campanha do PT com Chacon, então presidente do CREA-RJ, candidato a deputado federal e do Lula para a presidência da república, onde apoiamos o Lula que foi eleito. Na ocasião, Chacon ficou como suplente com 22 mil votos. Era dia e noite respirando política como jornalista e militante. Nas ruas, nas reuniões e diretórios e em viagens. Foi um tempo de muita esperança. Nós acreditávamos muito em mudanças e na estrela do PT. Depois participei das campanhas de 2006 do Lula e nas duas que elegeram a Dilma, mas de forma mais indireta, porém, atuante nas redes sociais. Ajudei a divulgar a campanha do Deputado Alessandro Molon para deputado estadual e depois federal. Fizemos uma bela amizade e vários trabalhos juntos. A ida do Molon pra REDE foi muito significativa pra minha entrada no partido e também o nome do Diego São Paio, como pré candidato à prefeito de São Gonçalo. Fora eleições partidárias,participei das campanhas eleitorais do CREA- Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e do Clube de Engenharia, sempre atuando como assessora politica e de comunicação.

Já concorreu em outras eleições?

Nunca concorri a nenhum cargo público. Sempre trabalhei nos bastidores como jornalista e assessora, mas de forma bem combativa. Fiquei muito conhecida a nível nacional nas eleições do CREA e do Clube de Engenharia como uma jornalista que sabe fazer campanha e uma boa oposição. Tanto que uso no meu e-mail a frase de José Carlos Mariátegui que foi um escritor, jornalista, sociólogo e ativista político peruano.Ele dizia: “O jornalista deve ser um combatente, não um espectador" (José Carlos Mariátegui)

Qual sua expectativa para as eleições deste ano?

Eu estou dentro de um projeto politico que acredito muito. Tenho muita fé e esperança de que São Gonçalo fomenta e muito este desejo de mudança. Eu não estaria em outro lugar politicamente em São Gonçalo se não fosse na REDE e com Diego São Paio. Minha expectativa é de vitória. A minha vitória é a vitória de Diego São Paio. Porque tenho plena certeza de que o povo gonçalense está cansado do que já viu até hoje. O descaso com a cidade vem de gerações. Diego vai governar com o coração porque tem amor por São Gonçalo.

Se for eleita, quais projetos pretende defender no legislativo de São Gonçalo?

Me preocupa muito esse estigma eterno de “cidade dormitório”. Eu passei 20 anos da minha vida morando em São Gonçalo e indo trabalhar em Niterói e no Rio. Eram mais de 2h de engarrafamento dentro do ônibus pra ir e pra voltar. Pra chegar no centro do Rio, às 10h da manhã, eu tinha que sair de casa ás 7h30 e olhe lá. Criar projetos de lei que venham gerar oportunidades de trabalho para as pessoas na mesma cidade em que residem é melhorar a qualidade de vida delas e também desenvolver as empresas da cidade. Outros temas relacionados à defesa da mulher e ao empoderamento feminino com mulheres desempenhando as mesmas funções que os homens com os mesmos salários também está nos meus projetos. Além da defesa animal, criando projetos que ajudem a tratar e abrigar animais de rua.Penso que São Gonçalo precisa de projetos em todas as áreas. A cidade precisa renascer pra um novo tempo.

O candidato a prefeito do seu partido é o atual vereador Diego São Paio. Por que você acha que ele pode ser eleito de São Gonçalo?

Diego é um referencial como vereador e administrador. Além de ético, transparente, simples e honesto, sua família é abençoada e seus pais são exemplos para filhos e netos. Diego tem toda a estrutura familiar, politica e principalmente espiritual para governar essa cidade. Porque ele está colocando Deus na frente deste projeto e consequentemente  dos resultados de toda esta empreitada. A cidade precisa de ideias novas. Precisa de pessoas que não estejam contaminadas com a política  dominante e com o voto de cabresto, o chamado coronelismo. Diego é o único que tem essa visão nova pra São Gonçalo, por isso acredito muito na sua vitória. Está nas mãos do povo gonçalense saber usar o seu voto de forma inteligente e não trocar por um favorzinho ou um saco de cimento, ou um remédio e por ai vai.

Quantos votos você precisa para ser eleita?

Não sei. Essa conta requer muita matemática e varia muito de acordo com a legenda e as coligações. Mas de uma coisa tenho certeza: Todos os que votarem em mim terão a consciência do seu voto. São pessoas que querem mudança .Não são pessoas que vendem seu voto pra candidatos que vem por ai com caminhões de dinheiro pra comprar o seu passaporte de poder e pra seus projetos pessoais  por 4 anos. Essa visão de que vereador tem que dar jogo de camisa de futebol, tijolo, arrumar emprego, dar 100 reais, isso é uma visão pobre e sem consciência. Um vereador cria projetos pra mudar uma cidade, um bairro e não apenas faz um favor momentâneo e depois que consegue se eleger desaparece da comunidade. O povo precisa acordar pra essa realidade.A resposta deve ser dada nas urnas

Para você, nas eleições os religiosos fazem a diferença?

Eles ajudam sim, mas eu não gosto de segmentar política com religião, O governo é para todos os cidadãos de todas as religiões. O governante não pode nunca privilegiar nenhum grupo religioso. Todos precisam ter tratamento igual. O que conta na escolha de cargos tem que ser a experiência e a capacidade intelectual da pessoa e não se ela professa a mesma fé do governante.  O estado é laico. Não se deve confundir religião com politica. Religiosos precisam votar pelo candidato mais capacitado, independente de se ele ser evangélico, católico, espirita.

A sua comunidade apoia sua candidatura a vereadora?

Não sou uma pré candidata bairrista. Não penso no micro, no limitado do bairro onde moro. Eu penso na cidade como um todo, de forma global. Tenho amigos no meu bairro que me apoiam, em outros bairros e de diversos segmentos. Sou bem eclética não quero segmentar minha campanha em apenas um setor. Eu sou de todos, independente se são da saúde, da educação, da cultura, da segurança, dos religiosos. Eu sou um ser político e social que interajo com todos em  todas as áreas.

Como você avalia o governo do atual prefeito Prefeito Neilton Mulim?

Avalio como fraco. Não correspondeu a grande expectativa depositada nele para substituir as gestões de Panisset. Prometeu pra ganhar a eleição várias coisas que  não cumpriu.

Qual sua opinião sobre o trabalho que vem sendo feito pelo legislativo de São Gonçalo?

Só destaco o trabalho do vereador Diego São Paio, recordista em projetos de lei. Ele eu vejo trabalhando. Eu aprecio também a atuação do professor Paulo.No mais, os outros pouco vejo.

Se for eleita, quais temas você dará prioridade na Câmara?

Como  já falei em outra pergunta anterior. Meu foco é geração de emprego e renda para jovens em busca do primeiro emprego e trabalhadores em geral dentro da cidade em que vivem e  defesa dos direitos das mulheres, dos idosos e animais.

Você acredita que tem boas chances de ser eleita vereadora? Por que?

As chances são para todos. O voto está nas mãos do povo. A população em geral acredita que anulando ou deixando em branco mais de 50% dos votos a eleição será anulada. Isto não é verdade, pois eles não serão computados aos votos válidos e poderão até ajudar o candidato que não é do desejo popular maior, a  se reeleger. Muitos eleitores vendem seu voto em benefício próprio, em busca de resultados imediatistas. Precisamos acabar com esse tipo de comportamento nas eleições. Os eleitores devem ter a consciência que a partir do momento em que trocarem seu voto por alguma coisa individual, acaba o compromisso do candidato com o eleitor e com sua comunidade. Então, se o povo mudar essa visão. Os candidatos que compram votos, com certeza não ganharão.Vencerão os que de fato querem ajudar a mudar a cidade.

Chegando à câmara, como pretende atuar?

Com honestidade e transparência e muita luta pra implantar meus projetos. Sem querer mais do que me é justo e lícito.

Para você, qual é o maior problema de São Gonçalo atualmente.

São Gonçalo tem problemas em todas as áreas. Não existem maiores ou  menores, todos são agravantes, por isso é preciso um choque de gestão.

Além da sua família, a comunidade, você conta com o apoio de algum político da nossa região para apoiar sua campanha?

Conto com apoio do deputado Alessandro Molon  que é uma das lideranças da REDE nacional e de outros amigos políticos que no momento ainda não posso revelar nomes.

Para finalizar nossa entrevista, deixe suas considerações finais e uma mensagem a população de São Gonçalo e nossos leitores em geral.

A mensagem para o povo de São Gonçalo é: Não troque seu voto por nenhum favorzinho. Não venda seu voto por um saco de cimento, uma consulta médica, um remédio, um jogo de camisa de time de futebol e por aí vai. Não anule seu voto e nem vote em branco. Política faz parte da nossa vida, do nosso cotidiano. As pessoas que falam mal de política precisam entender que o salário que recebem é gerado pela política, o alimento que consomem também, o transporte também. A vida é política. Nunca é demais repetir: vamos escolher melhor nossos candidatos. Se aparecer algum com muito dinheiro; muita propaganda; muitas promessas; desconfie. Vote em alguém que já provou conhecimento, dedicação, honestidade e que nunca teve processos judiciais. Que seja ficha limpa. Muitas pessoas reclamam de políticos que estão no poder há 20, 30 anos, ou seja, se reelegem a cada eleição e nada fazem pelo povo. Infelizmente quem os coloca lá, somos nós, com o nosso voto.

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