Prof. Josemar defende a legalização do transporte alternativo
Foto: O São Gonçalo
Dando continuidade a série de entrevistas com os candidatos a prefeito de São Gonçalo, o blog "A política RJ" publica o segundo bloco de entrevista com os prefeitáveis. O entrevistado desta vez é o candidato a prefeito pelo PSOL, o professor Josemar. Leia a primeira entrevista com o candidato AQUI.

Em seu plano de governo, um dos pontos é a legalização do transporte complementar, promessa que a população já está descrente por conta do atual prefeito, que fez a mesma promessa em 2012 e não a cumpriu até hoje. Caso eleito, como o senhor pretende regulamentar o transporte e sua viabilidade na cidade?

Sempre defendemos o direito dos trabalhadores do transporte alternativo de exercerem a sua atividade. Defendemos isto, pois não temos (e nem queremos ter) ligação com os empresários.
Como dizia Lênin: “A pratica é critério da verdade”. Nós do PSOL entramos na Justiça para derrubada da exclusividade dos ônibus como meio de transporte em São Gonçalo. Queremos a derrubada do Consórcio São Gonçalo de Transportes e pela legalização do transporte alternativo.
No nosso governo, diferente das gestões anteriores, onde secretário de transportes era escolhido nos escritórios dos empresários de ônibus, iremos escolher em assembleia dos trabalhadores de transporte: tanto o  secretário, quanto sua equipe direta, bem como elaborar a estrutura de funcionamento do transporte municipal em São Gonçalo.

Mas, de antemão, Claudionei, algumas questões temos como premissa básica. Não abrimos mão da legalização do transporte alternativo. Iremos legalizar, construir novas linhas e fornecer autonomias individuais aos trabalhadores. Mas tudo será conversando e organizado pela própria categoria.
Em 2012, a ex-Prefeita Aparecida Panisset retirou a legalidade e colocou vários chefes de família sem emprego. No ultimo período, veio Neilton Mulim juntamente com os vereadores e fez uma covardia ainda maior. Cabe ressaltar que vereadores que dizem oposição ao Prefeito (Marlos, Alexandre Gomes, Marco Rodrigues e Diego São Paio)  também votaram contra os trabalhadores.

Caso o senhor vá para o 2º turno, há possibilidade de estabelecer alianças? E se não estiver na disputa, vai apoiar alguém?

Não entrei para negociar. Estou aqui para defender um projeto politico socialista e esquerda. Irei para o segundo turno e não aceitarei apoio de quem governou com Mulim, com Cabral e nem de Forasteiro e da família que destruiu a saúde de São Gonçalo. Quem quer mudar, não pode ser aliar ao que está errado.

Claudionei, é importante lembrar que uma gota de água limpa num copo de agua suja, o copo continua sujo. Uma gota de agua de suja num copo de agua limpa contamina o copo.
Por isso para nós, não há meio termo. As alianças devem ser construídas com bases programáticas. Não estou aqui para barganhar cargos e nem apoios.

 Como avalia o atual governo? No que acredita que o prefeito errou e no que acredita que ele acertou e que deve ser levado à frente pelo próximo gestor?

O governo atual cometeu um grande estelionato eleitoral. A cidade está um caos. Na saúde, educação, falta estrutura de trabalho, democracia e valorização profissional. O transporte e o transito estão caóticos. Isso sem falar das promessas não cumpridas tais como passagem a R$1,50; companhia de limpeza urbana; e aumento dos 68% dos professores. Neilton concorre ao premio de pior prefeito da história.

Como avalia os adversários de campanha?

Nessas eleições só temos duas alternativas: ou São Gonçalo muda, ou continua como está. De todas as candidaturas, apenas a minha e a do PSTU são realmente de oposição ao atual governo.
Todos os outros governaram com Neilton Mulim. Dejorge e Dilson Drumond foram secretários do atual governo. Diego São Paio e Marlos Costa indicaram cargos no governo. Esses dois inclusive votaram contra o transporte alternativo.

Fora isso, temos um que é ligado ao governo desastroso de Pezão, pois foi seu secretário e deputado estadual da sua base aliada. Temos um forasteiro também, que nada tem haver com a cidade, se soltar ele no Engenho Pequeno ou no Colubandê, ele não consegue chegar ao centro da cidade (Risos do candidato). A candidatura real que a presenta um projeto de mudança é a nossa.

Na última eleição o senhor ficou em 4º lugar, com 19 mil votos. Qual é a estratégia para essa campanha?

A minha estratégia é falar a verdade para a população. Tenho uma campanha simples, porém bem propositiva e limpa. Aqui não tem dinheiro da corrupção e nem das empresas de ônibus da cidade. Por isso que tenho autoridade para defender livremente as minha ideias. Tenho orgulho de ser a candidatura que defende o trabalhadores da cidade.

Indicadores mostram que São Gonçalo tem baixíssimo investimento na área de infraestrutura e saneamento básico. Como pretende reverter esse quadro?

A falta de estrutura em São Gonçalo é um problema grande. Para começo de conversa é fundamental um plano de obras publicas, pois duplamente irá gerar empregos em nossa cidade e segundo urbaniza-la. Os investimentos serão oriundos das verbas do município e politicas junto a esfera estadual e federal. Basta construir projetos e lutar por eles e nós temos disposição para isso.
Agora também é necessário repensar democraticamente o plano urbanístico de nossa cidade para reordenar a evolução urbana de nossa cidade.

Por que o gonçalense deve votar no Prof. Josemar?
Porque somos a verdadeira mudança da nossa cidade. Quem governou com Mulim, perdeu a vez. Iremos construir mais escolas e creches, respeitaremos a a lei de 1/3 de carga horária de planejamento para os professores; ampliaremos os posto de saúde; valorizaremos os servidores municipais. Iremos construir uma nova São Gonçalo.