Teatro custou R$14 milhões - no Rio, o mais recente inaugurado custou sete vezes menos, além dos seis meses de atraso da obra. Teatro é o grande feito da inauguração de Neilton Mulim | Foto: PMSG |
O Teatro é um grande feito da gestão do prefeito e da administração da secretária de administração à época, Roseli Constatino, que garantiu financiamento da obra pelo banco Itaú. De acordo com a prefeitura, os R$ 13,6 milhões para a construção do espaço foram captados de uma negociação com o banco Itaú, que ganhou a licitação para continuar a administrar a folha de pagamento do órgão.
Apesar de todo entusiamos para a inauguração da obra, os artistas da cidade reivindicam há anos um espaço maior e investimento em aparelhos culturais já existentes, como o Teatro Carequinha, que tem capacidade para 220 espectadores. O teatro municipal terá 260 lugares, apenas 40 a mais. O espaço, que terá 256 lugares, contará com uma cafeteria, área para ensaios da Orquestra Sinfônica de São Gonçalo e uma área para exposições.
TEATRO MAIS RECENTE INAUGURADO NO RIO, MAIOR QUE O DE SÃO GONÇALO, SAIU SETE VEZES MAIS BARATO
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Segundo a Prefeitura, os custos de manutenção do teatro serão pagos com recursos da bilheteria. Se o retorno não for suficiente, a prefeitura se compromete a arcar com as despesas, incluindo salário dos funcionários e conta de luz, afirmam assessores.
Inauguração será nesta sexta-feira, 23, às 20h. O Teatro fica na rua Feliciano Sodré, ao lado da Prefeitura de São Gonçalo.
2 Comentários
Boa matéria!! Parabéns.
ResponderExcluirMULIM: E A POLÍTICA MUNICIPAL DE CULTURA?
ResponderExcluirA repercussão da inauguração do Teatro Municipal de São Gonçalo sexta-feira, 23 dezembro, 20h, ao tempo de ser um motivo de contentamento – numa cidade desprovida de equipamentos culturais, é de quase repulsa, tamanha exclusão do setor cultural e artístico gonçalense para a “festa”. Como sabemos, é mais um evento no apagar das luzes, para o prefeito deixar seu nome na placa...
Mas o que esperar de um governo (prefeito e gestores municipais de cultura), que atravessou quatro anos promovendo ausência de políticas públicas para o setor, com destaque para a descontinuidade nas ações culturais, o comportamento inexplicável para falta de comunicação (a cidade segue ano após ano, sem uma agenda de cultura mensal), o saldo negativo de uma equipe sem condição técnica ou qualificada, que comprometeu de fio a pavio o funcionamento da secretaria municipal de cultura e a FASG? Ou ainda, um governo que tratou com total descaso a aprovação e aplicação do Plano Municipal de Cultura (amplamente discutido, anos antes)? Em um ”conjunto da obra”, o que esperar de um governo que manteve tristemente a cultura gonçalense em condição de extremo amadorismo?
Nessa inauguração pela metade (o teatro não passou por vistoria técnica de praxe, com tamanho de auditório, não entra em circuito estadual e/ou nacional para apresentações), além do envio de mensagens no zap, e NET, é oportuna ocasião para enfatizar as necessidades do setor cultural, entregando o troféu do DESCOMPROMISSO COM A CULTURA, para as autoridades do (des) governo Neilton Mulim.
A gestão que se despede, não quis re-integrar a Fundação de Artes - FASG, à sua pasta mãe, separada anos antes para “atender” as partilhas partidárias na máquina pública: Observando o organograma das estruturas do Estado e união, num rápido acesso pela internet, qualquer um localiza a FUNARJ (Fundação de Artes do Estado do RJ), na Secretaria de Estado de Cultura do RJ, e a FUNARTE (Fundação Nacional de Artes), no Ministério da Cultura. Em nossa São Gonçalo, o equivoco de manter a FASG “desligada” da Secretaria Municipal de Cultura, comprometeu desastrosamente as ações do setor, sem atentar para dinâmica da gestão pública que deve ser aplicada: A Secretaria Municipal de Cultura é órgão formulador da política (que estabelece a linha de ação a ser adotada, cumpridor e coordenador do Sistema Municipal de Cultura), e a FASG, como autarquia direta da Secretaria, órgão de execução, com competência de produção e gestão dos equipamentos culturais do município.
Mesmo sem convite para inauguração, como tantos outros colegas da classe artística de Gonça, com 15, 20, 30 anos de atuação na cidade, temos legítimo direito de estar ali, ao lado da prefeitura, nessa “festa”: Cultura é Direito (garantia expressa no artigo 215 da Constituição Brasileira).
Cleise Campos/Atriz Bonequeira (52 anos de São Gonça)
CULTURA É DIREITO: A CULTURA IMPORTA