Executiva do Livres de São Gonçalo | Fotos: Divulgação/Reprodução
O Livres é um movimento ideológico-partidário liberal que defende o direito do indivíduo, o livre comércio e a diminuição do Estado. É assim que o presidente municipal do partido, Rodrigo Raphael da Silva, de 34 anos, apresenta o movimento que é considerado a renovação do PSL - Partido Social Liberal. Ele foi entrevistado pelo editor do blog A política RJ, Claudionei Abreu, para falar um pouco mais sobre a atuação do partido no município de São Gonçalo.

Até pouco tempo o PSL tinha outro presidente, que agora compõe o governo municipal. Como se deu essa troca na executiva do partido?

A ação foi totalmente tomada pelo diretório estadual. Antes eu não era filiado ao PSL, já me filiei com o posicionamento 'livres' do partido e aparentemente a ação de mudança na presidência será bem tranquila, requisitei a documentação ao antigo presidente e ele está sendo bem solicito. Acredito que não haverá nenhum transtorno quanto a isso.

Hoje o PSL tem um vereador eleito no município, que é o José Carlos Vicente. Como é o posicionamento do vereador com as propostas de renovação do partido, no movimento Livres? 

Não existe alinhamento algum. Ele é um vereador que faz parte da base aliada e acreditamos que vereadores não devem ter posicionamento de aliado ou opositor, ele está ali para legislar a favor do que é benéfico para a população. Então quando você se posiciona restringe a atuação. Ele votou a favor de dois projetos inaceitáveis, o aumento da taxa de iluminação pública e o aumento da taxa de coleta de lixo que prejudicarão principalmente o pequeno empresário gonçalense. Ele está totalmente desalinhado com o que propomos.

E, considerando esse desalinhamento, alguma medida ou conversa já foi realizada?

As informações e o posicionamento do vereador nas votações já foram passadas pelo LIVRES-SG, agora as ações ficam à cargo da direção estadual.

E qual é o alinhamento do diretório municipal do PSL em relação ao governo municipal?

Não somos oposição ao atual governo, somos um contraponto a toda a política de São Gonçalo. O legislativo tem a função de debater e apresentar projetos, e o que vemos em São Gonçalo é uma casa trabalhando em causa própria. No executivo, temos secretarias inchadas, uma quantidade grande de cargos comissionados e mesmo assim um trabalho ineficiente, a máquina pública gonçalense não é produtiva.

O partido já tem alguma proposta para o município?

O processo de troca na executiva tem mais ou menos vinte dias, as ideais vão surgindo. A questão inicial que estamos trabalhando são as possíveis irregularidades provocadas pelo município. Uma delas é a questão da iluminação pública, o serviço foi cobrado em todo ano de 2017 e comprovadamente não foi prestado. Estamos nos movimentando para que em algum momento exista uma ação em relação a essa irregularidade, trata-se de cobrança indevida. Também achamos necessário que o município retome sua vocação, São Gonçalo não é cidade dormitório, ela se tornou devido a inúmeras gestões ineficazes, precisamos apoiar o microempreendedor e estruturar o município com o intuito de atrair investidores, captar mão de obra local e não exporta-la. Mas, para isso, precisamos nos desenvolver. São Gonçalo estagnou.

Como o partido tem se preparado para a eleição do próximo ano?

Nossa preocupação inicial está sendo a apresentação do Livres para o município, as ideais e como o Livres se posiciona em relação à política atual. Os nomes já estão sendo estudados, nós não buscaremos pessoas que fujam da nossa linha ideológica. Nosso objetivo é apresentar candidatos que se enquadrem no que o partido se propõe e que tenham a visão de otimizar o serviço público, reduzir o custo da máquina, transparência na atuação e alta produtividade. Essas são características que nós não abrimos mão, ou fazemos política nova ou não fazemos nada.