Vereadora Talíria Petrone pediu um minuto de silêncio pelas mortes em SG
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A vereadora de Niterói, Talíria Petrone, usou a tribuna da Câmara Municipal de Niterói na sessão plenária do dia 14/11 para comentar a morte de sete pessoas durante operação do exercito no complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Segundo as informações, as pessoas participavam de um baile funk na comunidade durante a madrugada.

Três pessoas tinha passagens policiais por tráfico e porte de arma e com elas foram apreendidas um fuzil, duas pistolas e um carregador.

A vereadora classificou as mortes como uma chacina do exercito, pediu um minuto de silêncio pelas "vítimas" e foi duramente criticada pelos demais parlamentares e pela população presentes à sessão plenária.

"Chacina essa que levou a morte, uma e meia da manhã, de pelo menos sete pessoas. Portanto, agregar também em memória às vítimas da chacina ocorrida na favela do Salgueiro. Não dá para a gente aceitar chacina contra negro e favelado", disse Talíria.

Uma das críticas veio do vereador Carlos Jordy.

"Eu acho incrível falar sobre a operação que teve lá em São Gonçalo, tratando como chacina, como se aqueles ali fossem inocentes, como se não fossem pessoas que não estivessem cometendo crimes como posse de armas. E se há algum excesso, há de ser apurado, mas a vereadora se cala diante de 119 mortes de policiais militares esse ano", disse o parlamentar.

O vereador Renato Carielo, que é policial militar, também não se agradou com a manifestação da vereadora e fez duras críticas.

"Vossa excelência foi muito infeliz, vereadora Talíria Petrone. Vossa excelência não conhece o complexo do Salgueiro, a senhora nunca passou por lá. Eu sei, eu sei o que é passar por lá! Agora, endeusar o vagabundo e criminalizar o "polícia", eu to vendo uma inversão de valores aqui muito grande e não vou permitir que faço isso com uma instituição policial que defende a nossa vida", disse Renato, que encerrou dizendo: "Vagabundo bom é vagabundo morto, alguém tem dúvida disso?".