Fernanda e Sandro | Foto: Divulgação/Facebook
Ex-secretário de governo na gestão do prefeito Neilton Mulim, Sandro Almeida (PSDB) elegeu-se como vereador em 2016 e desde então tem atuado como oposição ao governo do atual prefeito, José Luiz Nanci. O vereador Sandro Almeida tem sido o maior opositor a nomeação da primeira-dama Eliane Nanci como secretária chefe de gabinete. Sandro também entrou com ação no Ministério Público contra a nomeação do genro do prefeito, Romulo Tarouquella, que, até então, era o chefe de gabinete.

Porém, um fato controverso, que tem sido divulgado em um vídeo nas redes sociais, é o fato de que, enquanto o vereador Sandro Almeida era secretário de governo na gestão passada, eram nomeados, junto a ele, a sua esposa, o seu sogro, o cunhados e suas duas irmãs. Sandro, à época em que era secretário de governo, era o "homem forte" da gestão do ex-prefeito Neilton Mulim.

Em 2014, esposa do vereador Sandro Almeida, Fernanda Vieira Cajueiro, foi nomeada pelo prefeito Neilton Mulim para exercer o cargo do próprio Sandro, em sua substituição, na Secretaria de Governo e Comunicação, através da Portaria nº 1958/2014. Inclusive, Fernanda, enquanto foi secretaria municipal, homologou um pregão e contratou uma empresa no valor de R$76 mil reais para instalação de divisórias para as dependências da Secretaria Municipal de Governo. Fernanda foi exonerada no dia 06 de novembro do mesmo, quando seu marido, Sandro Almeida, retornou ao cargo.

Sua esposa, Fernanda Vieira Cajueiro, foi nomeada em 14 de janeiro de 2015, através do decreto nº 002/2015, para exercer o cargo de Diretora de Obras e Urbanização da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Saneamento Ambiental (Edursan).

Em 03 de julho de 2015, através do decreto nº 105/2015, Fernanda foi nomeada para exercer o cargo de Diretora de Habitação da Edursan e só foi exonerada em 11 de janeiro de 2016, quando a Edursan foi extinta.

Além da esposa, o sogro, o cunhado e as irmãs do vereador Sandro Almeida foram nomeados na secretaria de saúde enquanto ele era um dos principais secretários do governo do ex-prefeito.

Fernando Cajueiro, o sogro de Sandro Almeida, foi nomeado em 18 de março 2013 como Diretor de Departamento da secretaria de saúde e foi exonerado em 2014. O cunhado do vereador, Vithor Vieira Cajueiro também foi nomeado em 18 de março de 2014, também para o cargo de Diretor de Departamento na mesma secretaria que o pai e também foi exonerado em 26 de novembro de 2014.

Duas irmãs do vereador, Dalícia Moura Dias de Almeida e Michele Faria de Almeida, foram nomeadas juntas em 18 de março de 2013 para o cargo o mesmo cargo na mesma secretaria: o de coordenador na secretaria municipal de saúde. Elas também foram exonerada juntas, em 08 de dezembro de 2014.

Procurado pelo blog, em nota, o vereador esclarece a matéria e afirma que sua esposa tem pós-graduação em gestão pública, portanto, tem capacidade técnica par ocupar tal cargo, e afirma que tem sido perseguido pelo governo.

"Primeiro, é preciso esclarecer que estou sendo perseguido por este governo, que classifico como omisso e insensível. Nossa cidade está abandonada! Parece não ter prefeito! Os fatos: minha esposa tem pós-graduação em gestão pública. Tem capacidade técnica para ocupar cargos públicos ou privados. Minhas irmãs também tem capacidade técnica, uma é enfermeira e outra psicóloga, ambas trabalharam em suas funções. Não há ilegalidade quando a pessoa ocupa cargo público na função a qual se formou. 

Outra observação importante é que eu fui secretário, não prefeito. Quem nomeou cada cargo foi o prefeito. Assim como ocorre com o atual prefeito Nanci, que nomeou seu genro, engenheiro mecânico, concursado na Petrobras, para exercer o cargo de chefe de Gabinete. Ou seja, o rapaz não tinha qualificação técnica para ocupar o cargo. Este sempre foi meu questionamento. Motivo de minha denúncia no Ministério Público. Não tenho nada contra o rapaz, sequer o conheço. 

Ainda havia o fato de todo mês a prefeitura devolver mais de 30 mil a Petrobras, e ainda pagar o salário de secretário ao rapaz. Mais 15 mil reais, por mês. Alto custo, sem notório conhecimento. 

Mas o objetivo deste vídeo é outro. Estou sendo perseguido, tentam me coagir. Dezenas de “fakes”me atacam e me acusam com calúnias. O próprio prefeito, determinou através da secretaria de comunicação que seu grupo político me denunciasse no Facebook, isso postado num grupo de WhatsApp. 

As pessoas que montam estes vídeos trabalham para o governo, e recebem salários para me atacar. 

Eles, Nanci e sua esposa, não aceitam serem questionados por um “vereadorzinho” como me definem. Mas vão entender com o tempo que o “vereadorzinho” não é medroso. Não vão conseguir me intimidar! Vamos continuar nossa luta pela defesa da população gonçalense, gostem eles ou não."