Fotos: Divulgação/TV Câmara de São Gonçalo
Os vereadores gonçalenses discutiram em sessão plenária do dia 20 de fevereiro a intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro decretada pelo presidente Michel Temer. O decreto estabelece que a medida vai durar até 31 de dezembro deste ano. Nesse período, o general do Exército Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, será o interventor no estado e terá o comando da Secretaria de Segurança, Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e do sistema carcerário no estado do Rio.

O primeiro a falar foi o vereador José Carlos Vicente e fez uma dura fala contra aqueles que estão criticando a medida.

"Um misto de esperança com a intervenção militar no Estado do Rio. E quero, antes de mais nada, dizer aqueles que viveram acusando diariamente os militares do passado, do presente e já estão acusando os militares do futuro, que nenhum militar desde 64 foi pego com mala de dinheiro, nem com dinheiro na cueca...", disse o parlamentar.

O vereador Jorge Mariola também comentou o assunto.

"Se viu na televisão a falta de segurança no Rio de Janeiro. A violência crescente, como está sendo a muito tempo. O roubo, o furto, o assalto, o assassinato, a covardia, tudo isso. Mas isso mão vem de agora. Nós já dizíamos nessa casa, ao longo do tempo, que não tinha jeito, que a educação pública implementada nesse Estado era mentirosa. Policiamento sem nenhum estrutura, sem homens, sem organização, sem direção. Não podia dar outra coisa", disse.

O vereador Sandro Almeida também foi a tribuna comentar o decreto de intervenção, falando que o Rio vive uma "guerra urbana".

"Para situações extremas, são necessárias medidas extremas. E a violência do Rio de Janeiro chegou a uma situação de caos, praticamente uma guerra urbana é o que todos os cariocas estão enfrentando todos os dias", comentou.

O vereador Armando Marins também usou a tribuna para falar sobre a intervenção.

"Entendo que essa atitude do governo federal é em caráter de urgência e extrema valia para o nosso Estado. [...] Há uma necessidade, é de extrema necessidade o nosso Estado ser submetido a essa situação que estamos vivendo hoje. E como foi citado anteriormente, cabe a nossa preocupação, senhores,

O vereador Maciel, que é policial militar, usou a tribuna para defender o decreto do presidente.

"Lógico que é de uma suma importância. Eu sou totalmente favorável e acredito que uma grande parcela está a frente e torcendo por esta vitória. [...] Hoje, o que eu vejo, é uma polícia forte, o que é fraco é a gestão política que destrói nossa instituição. O que é fraco é ter um presidente corrupto em cima de uma cúpula mais corrupta", disse Maciel, que criticou os políticos corruptos como principal problema nas instituições de segurança e pediu respaldo jurídico aos militares durante os atos de intervenção.

Os vereadores Lecinho e o presidente da Câmara, vereador Diney Marins, que também já foi Policial do Exercito, também fizeram falas em defesa da intervenção militar. "Eu acho que o Exército vai sair desmoralizado dessa intervenção", disse o Diney, em contra-ponto a opinião dos demais vereadores.