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O presidente da Comissão Permanente de Assuntos da Mulher, do Idoso, da Criança, do Adolescente e do Deficiente da Câmara de São Gonçalo, vereador Dr. Armando Marins, reuniu na terça-feira (19) com instituições que atendem pessoas com deficiência, conveniadas ao poder público municipal. O vereador explicou que o que motivou o encontro foi a quantidade considerável de reclamações dos usuários nas redes sociais e no próprio gabinete. As denúncias davam conta de problemas como a falta de insumos e salários atrasados porque a prefeitura não estaria repassando os pagamentos às instituições. Outra situação grave foi a retirada do Transporte Cidadão que leva os pacientes com mobilidade reduzida para tratamento de saúde.

Durante a reunião as entidades tiveram a oportunidade de apresentar as reivindicações. A presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Javania Vieira Lima, informou que a instituição atualmente assiste 70 pessoas do Programa de Educação, 260 são assistidos em programas sociais e 195 em programas de saúde. Ela informou ainda que a Apae está há três meses sem receber o repasse da prefeitura, o que está dificultando o atendimento dos assistidos e por causa da retirada do “Transporte Cidadão” muitos alunos têm faltado ao tratamento.

A situação do Centro de Apoio ao Deficiente Visual de São Gonçalo (Cadesvig), não é diferente. De acordo com o representante da entidade, senhor Carlos Raymundo de Castro, Cadevisg está há cinco meses sem receber e as 100 pessoas que precisam dos serviços e atendimentos estão prejudicadas.

A Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Audição (Apada) também sofre os mesmos problemas que as demais. Segundo relato da diretora Maria Aparecida, os repasses financeiros foram feitos apenas até o mês de março de 2018 e devido aos constantes atrasos no repasse, a instituição vem sendo multada em encargos sociais. Para sobreviver, a Apada está recorrendo a empréstimos que não sabe quando e como vai pagar. Ela também reclamou da demora do encaminhamento dos usuários ao atendimento das instituições pelo Cras e informou que possui atualmente 315 assistidos pela Instituição. Segundo ela, muitas vezes, para receber os devidos pagamentos pelo município, tem que recorrer ao Ministério Público.

O Centro de Reabilitação, Educação e Integração Social (Cerei) representado pela senhora Maria Célia Moraes relatou os mesmos problemas das outras instituições e que há dez meses os 200 assistidos não recebem o repasse municipal.

Após ouvir os apelos e reivindicações das instituições, o vereador Dr. Armando Marins se comprometeu em ir buscar soluções junto com o Poder Executivo para atender as demandas apresentadas o mais rápido possível. O Vereador destacou a importância do trabalho desenvolvido pelas Instituições: “O trabalho que estas instituições fazem é a continuidade do processo de evolução, capacitação e reabilitação oferecidos às pessoas com deficiência e estas pessoas não podem ficar sem o trabalho de excelente qualidade oferecido pelas Instituições do Município”, disse o vereador.