Foto: Divulgação-Facebook
Cientista político e economista formado em Harvard, o gonçalense Renan Ferreirinha apresenta-se como candidato a deputado estadual nas eleições deste ano e foi entrevistado pelo editor do blog A política RJ, Claudionei Abreu, onde apresentou sua plataforma de campanha e propostas voltadas para a educação. Confira:

 Primeiramente de pedir para fazer uma apresentação da sua vida e o interesse em se candidatar ao cargo de deputado estadual?

Tenho 24 anos, sou nascido e criado no bairro do Mutuá, em São Gonçalo. Estudei em São Gonçalo até os meus 10 anos. Depois eu fui estudar em uma escol  a pública de qualidade, que é o Colégio Militar do Rio de Janeiro, na Tijuca. Fiquei lá por sete anos, me engajei em várias iniciativas, fui presidente do Grêmio [estudantil], fiz trabalho social, fui coronel-aluno e conheci um grupo social que fazia trabalho no Complexo do Lins e passei a dar aula de inglês todos os sábados para as crianças. Em paralelo, conheci a oportunidade de estudar fora [do país], mas não tinha como arcar com isso. Fiz um processo para tentar em nove universidades, fui aceito em nove delas e fui lá pra Harvard, em 2013, onde me formei em economia e ciências políticas. Co-fundei o movimento Mapa da Educação; Co-fundei também o Acredito, um movimento de renovação política que sonha com um país mais justo e desenvolvidos. Somos mais de 1.500 membros em quinze estados.

Na sua opinião, qual dos candidatos será um bom governador do estado?

 Meu partido não vai ter candidato, vai coligar com o PDT e apoiar o Pedro Fernandes. Quero conhecê-lo. Acredito que o Rio de Janeiro vive um cenário bem complicado, de certa forma um cenário complexo e ainda estou estudando sobre o caso para saber qual será o meu posicionamento.

Para presidente da república eu faço a mesma pergunta.

 Para presidente é um cenário parecido. Entrei no PSB quando tinha a chance de lançar o [ex-ministro] Joaquim Barbosa como presidenciável. Outro presidenciável era o Luciano Huck, que eu particularmente conheço. Eram duas pessoas que eu via com bons olhos, mas acabaram não sendo candidatos. O PSB não vai apoiar ninguém, é um partido que está neutro. Eu sei em quem eu não vou votar.

São Gonçao tem apenas um deputado estadual na Alerj. Como você acredita que, caso eleito, conseguirá uma força política para representar a cidade e trazer recursos?

 São Gonçalo tem potencial de colocar de 5 a 7 deputados estaduais e até 3 federais no congresso. Literalmente é uma baixa representatividade total. Temos um potencial absurdo para aumentar essa representatividade. Acho que é importante ter o engajamento ideológico, mas se a população gonçalense puder priorizar os candidatos de São Gonçalo, que nasceram em São Gonçalo, que tem uma história, relação com a cidade, será muito importante.

Qual será sua principal bandeira, caso eleito? Já tem algum projeto para ela?

 Com certeza. Bandeira central é a educação. Tive minha vida transformada através da educação. Minha mãe é professora, minha tia é professora, minha família é de educadores. Estudei fora com bolsa integral por necessidade financeira. Meu projeto central é a expansão do ensino técnico, fazer com que 50% dos jovens tenham acesso à escolas técnicas. Garantir o ensino integral. A escola pública tem que fazer milagre todo dia, aceitar quem for e devolver um cidadão preparado para a sociedade. Além disso, eu tenho muita simpatia com a causa de mobilidade, sendo de São Gonçalo. Tenho projeto de finalmente termos uma barca para conectar o Gradim para a Ilha do Governador, algo que em 18 meses você consegue colocar de pé com vontade política e em parceria com os órgãos que precisam fazer isso de forma ética, responsável e coletiva.

Por que o gonçalense deve votar em Renan Ferreirinha?

 Primeiro porque eu represento São Gonçalo. Segundo porque sou professor, represento a educação, sou cria da educação. Minha mãe é professora do município há mais de 30 anos. Vejo como os professores são maltratados, não tem um piso descente, não tem condições de trabalho descente e terceiro porque eu sou jovem, represento a geração que jogava futebol no Campo do Batman, ia pra grama do Shopping São Gonçalo, que viu os polos de repartição surgirem. Uma geração que quer fazer empreender em São Gonçalo e fazer acontecer em São Gonçalo. Por esse e outros fatores, acredito que posso ser uma grande opção para essa cidade.